À nona edição, o festival conta como uma nova direção, liderada por Anna Glogowski, e a programação tem menos filmes e menos locais de exibição, concentrando-se nos cinemas São Jorge e Londres, Culturgest, Cinemateca e Teatro do Bairro.
"Estamos a tentar garantir que o Doclisboa não apague por diminuição de filmes nem pela dimensão da qualidade", de forma a "manter essa estrela do Doclisboa brilhando aqui e lá fora também", disse a diretora do festival à agência Lusa.
O realizador Frederick Wiseman, de 81 anos, volta a Portugal para mostrar "Crazy Horse", o documentário sobre o famoso cabaret parisiense, hoje na sessão de abertura do Doclisboa.
Da programação destaca-se uma série de filmes sobre "Movimentos de Libertação em Moçambique, Angola e Guiné-Bissau (1961-1974)", a propósito dos 50 anos do começo da Guerra Colonial.
"Nunca mais se fez cinema assim", considerou Anna Glogowski, referindo que entre os 15 filmes que vão ser mostrados há um "ponto comum", que é "uma espécie de presença por trás das fronteiras da guerrilha".
No festival serão ainda mostrados documentários sobre as revoluções árabes, como "Tahrir - Liberation Square", de Stefano Savona, incluído na competição internacional, que regista o eclodir da revolução deste ano no Egito.
Fora de competição será exibido "Plus Jamais Peur", de Mourad Ben Cheikh, sobre a revolução tunisina.
Tanto Mourad Ben Cheikh como Stefano Savona estarão em Lisboa para apresentar os respetivos documentários.
No domingo passará "In film nist/This is not a film", o filme testemunho dos realizadores iranianos Jafar Panahi e Mojtaba Mirtahmasb, que estão detidos no Irão, feito quase na clandestinidade que foi exibido no festival de Cannes e que terá estreia comercial em Portugal.
Entre os filmes portugueses selecionados contam-se "Cartas de Angola", de Dulce Fernandes, e "É na terra não é na lua", documentário de Gonçalo Tocha sobre a ilha do Corvo, única produção portuguesa na competição internacional.
Lusa/AO Online
Sem comentários:
Enviar um comentário